segunda-feira, 18 de março de 2013

Problemas no Paraíso: Por dentro da luta pelo Acesso para Escalada no Havai


-Mike Bishop.

No ultimo verão, uma jovem menina foi seriamente atingida por uma rocha, quando em uma viajem guiada em um point de escalada em  Molukeia, no Havai, na costa norte de Oahu. Uma ação de 15milhões  contra o estado pela morte dos dois caminhantes. Como resposta, o estado fechou o Acesso à escalada, por temer novas ações. O fechamento ocorreu da noite para o dia, sem nenhum diálogo com a comunidade de escaladores. A trilha de acesso as paredes também foram fechadas para todos os usuários e uma placa no início da trilha avisa da multa de USD2000,00 para quem ultrapasá-la. Isto foi mais do que um alarme para a comunidade de mais de 500 escaladores em Oahu.
Quase imediatamente, um grupo de escaladores reconhecidos, (incluindo Mike “Bugman” Richardson, Deborah Halbert, Sayar Kuchenski, e eu,  Mike Bishop) começamos a perseguir todos as vias  imagináveis para negociar a re-abertura de nosso amado penhasco! Inicialmente, isto consistiu de ligaçõs telefônicas, emails, e até acampamento no Dpto. De terras e Recursos Naturiais do Havaí (DLNR), para tentar negociações com eles. Desafortunadamente, estas tentativa foram rejeitadas devido as “investigações em andamento” do incidente. 


Lobby ao estilo havaiano: Mike Bishop, Sayar Kuchenski, Robert Anderson.



Mudando de estratégia, nós começamos a buscar suporte através de petições, conseguindo 1700 assinaturas para as lideranças do DLNR , solicitanto a eles a suspensão do fechamento por Oahu. Nós também começamos o diálogo com o AcessFund em busca por orientação. Ao mesmo tempo, outro escalador da costa norte, Steve Poor, se empenhou para que nosso caso fosse ouvido pelo Comitê de Moradores da costa Norte – uma reunião municipal mensal que ocorre em Haleiwa.

Apesar de tudo, nada disso funcionou e 6 meses se passaram sem nenhum progresso. Duas outras áreas de escalada foram fechadas no período e a escalada foi banida em todo a área de um Parque Estadual, deixando oahu sem um único rochedo possível de ser escalado legalmente. Como resultado a investigação de acidente do DLNR concluiu que eles não poderiam re-abrir nenhuma área sem primeiro alterar a legislação para limitar as responsabilidades. Eles nos encorajaram a procurar nossos senadores e representantes.
Reanimando-nos de novo, nós começamos a fazer apelos de última hora aos legisladores e conseguimos que apresentassem  meia-dúzia de projetos de lei nas câmaras legislativas. Quatro meses de lobby sem fim resultaram em grande ansiedade e incerteza, já que nós desafiávamos o lobby dos advogados das associações de consumidores havaianos que vêm influenciando a legislatura havaiana há 20 anos.
Nós chegáramos até ali por conta própria, mas nenhum de nós sabia realmente aonde nós tínhamos nos metido. Embora nós tivéssemos nos saído bem, nas primeiras rodadas de conversa, nós sabíamos que uma vez que eles encaminhassem para o comitê jurídico, cheio de advogados, nós seríamos irremediavelmente superados pelo juridiquês.
Em pânico, eu fiz uma ligação d último minuto ao diretor político e advogado do AcessFund, o também escalador R.D. Pascoe, que pegou um avião até o Havai para nos ajudar. R.D. Ele apareceu com um punho tocido e com sede de justiça e de boas ondas! Nós rapidamente  reunimos nosso time de escaladores para desenhar elaborar nossa estratégia com nosso novo aliado. Após alguns dias de rodadas com o Governo Estadual e com a procuradoria junto com nosso “advogado que voou desde o Colorado”, nós estávamos prontos para a nossa grande reunião com o senado. Nossa oposição (os advogados dos Consumidores do Havai) ficaram  exaustos com nosso irritante progresso e o apoio que nós conseguimos gerar no entorno do Capitólio, e saíram d elá cambaleando. Eles atacaram a comunidade de escaladores com um monte de desinformação, tentando amedrontar o comitê e pô-lo contra nossos projetos de lei. R.D. foi chamado para se pronunciar e ele facilmente contrapôs os rumores propagados por nossos opositores. O projeto de lei foi bem recebido e nós arrebanhamos um punhado de senadores valorosos como aliados – uma vitória decisiva para os escaladores, mas a batalha ainda estava longe do fim.

R.D. Pascoe, do AcessFund, se pronunciando ante a comissão de senadores.

Após todo o trabalho pesado, nós recompensamos o R.D.  com o surfe! Apesar do pulso torcido,
Ele desafiou as ondas em frente da cratera de Diamond Head, seguida de banquetes ao estilo havaiano, com petiscos de frutos do mar e comida japonesa caseira. Nós todos estávamos mal de deixar o R.D. ir embora, mas também estávamos  excitados com o progresso obtido com nossa campanha enquanto ele esteve conosco. Ter um advogado e um expert em responsabilidade dos proprietários de terra para testemunhar em nosso favor deu muita credencial à nossa causa.
Dois dos nosso projetos d elei ainda estão progredindo. O processo legislativo é dolorosamente lento, mas o esforço monumental que todos nós fizemos não pode ser ignorado. Nós iremos passar o projeto de lei para eliminar a responsabilidade dos proprietários de terra em casos de escalada, e nós ter sucesso nas negociações para reabrir nossos rochedos. Ao longo do processo, o AcessFund foi prodigioso em nos ajudar e eu ouso dizer que nós não conseguiríamos ir tão longe sem o aconselhamento e apoio deles. Então, em nome de todos os escaladores das ilhas havaianas, um gigante “Mahalo” (obrigado) a todos do AcessFund e todos os escaladores do país, cuja associação ao AcessFund, torna possível o trabalho deles!


RD e os escaladores havaianos.
(tradução Nelson Brügger – FGM). 

Original em: http://www.opengate.org/access-fund-blog/2013/03/trouble-in-paradise-inside-the-fight-for-hawaiis-climbing-access.html
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

REUNIÃO GT ACESSO COM Direção do P.N. APARADO DAS SERRA E SERRA GERAL

No dia dia 10 de março, estivemos eu (Nelson Brügger – Tesoureiro da FGM)  e Carina Korb (diretora de Meio Ambiente da FGM) para definir o novo documento que permite a entrada de montanhistas sem a contratação de condutores locais nas trilhas rio do Boi, Piscinas do Malacara e piscinas do Tigre Preto. Essa foi uma construção com muitas mãos, entre o GT de acesso da FGM, encabeçado pelo Tiago Santos e apoio inestimável da Kika Bradford (FEMERJ, CBME e Acesso PanAm) e do Silvério (CBME), além do Diretor do Parque Nacional, Deonir Zimermann e dos Analistas Ambientais do ICMBio Eugênio Petter Neto (Coordenador de Uso Público do P.N. ) e Lúcio Santos (Coordenador de Educação Ambiental do P.N.).
Deonir Zimmermann(diretor do P.N.), Nelson Brügger (FGM), Eugênio Netto (Icmbio) e Carina Korb (FGM) na sede do Parque Nacional Aparados da Serra.

Este termo é um aprimoramento do termo em uso desde 2008 e dá maior segurança jurídica em caso de acidentes além de reduzir a burocracia na entrada, facilitando inclusive o pagamento. O novo Termo de Responsabilidade estará disponível em breve na internet. Ele deve ser preenchido, assinado e enviado ao Parque por email. Também estará disponível, um tutorial para pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU) no valor de R$6,00, apenas para a entrada na trilha “rio do boi”. As trilhas piscinas do Tigre preto e piscinas do malacara, embora gratuitas, igualmente dependem de envio do termo, onde o montanhista reconhece as normas e procedimentos envolvidos e assume os riscos, isentando a direção do Parque sobre os mesmos. (O montanhista deve estar com ela na mochila!!!!). Um fator muito importante em enviar o termo, é contribuir para as estatísticas de visitação, que são usadas plo ICMBio em Brasília para destinar verba aos Parques. Cada vez que entramos sem registro, contribuímos para que o Nosso Parque receba menos verba!
Excursões pagas, que envolvam prestação de serviço não usam este termo, estando sujeitas ao mesmo regramento que os condutores locais. Maiores informações podem ser obtidas junto ao Parque Nacional  (54-3251-1277 ou pelo email: parnaaparadosdaserra@icmbio.gov.br).
Nesta mesma data, nossa diretora de Meio Ambiente, Carina Korb, entregou uma minuta de Cooperação Técnica entre a FGM e o ICMBio, que será encaminhada para análise pela Procuradoria do órgão em Florianópolis. Esta ação, igualmente contou com apoio das pessoas citadas acima, além do Milton Dimes, da FEMESP a quem somos gratos. Assim que tivermos uma posição divulgaremos mais informações aqui no site da FGM.
Deonir Zimmermann e Eeugênio  Netto (ICMBio) rececebem de Carina Korb (FGM) a proposta de Cooperação Técnica entre a FGM e o ICMBio, 

Carina Korb e Ricardo Reis sonhando com novas aventuras no Itaimbézinho! Vamu que vamu!!!!


Boas escaladas e caminhadas!

Nelson Brügger