sábado, 30 de maio de 2009

Segurança em Montanha

Acesse aqui o site de segurança em montanha, cuja manutenção é da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME).

Recomendações aos iniciantes no montanhismo e escalada

A FGM recomenda que antes de sair para aventurar-se em trilhas e paredões se busque os conhecimentos específicos dependendo da atividade que se deseja realizar. É estritamente recomendável que o aventureiro faça um curso de primeiros socorros com alguma entidade competente, que faça um período de adaptação ao esporte da escalada em alguma academia que ofereça tal prática. Depois, que busque os conhecimentos necessários para a prática da sua atividade pretendida com profissional competente, ex.: Curso Básico de Escalada em Rocha, Curso de Iniciação ao Montanhismo e/ou Curso Básico de Montanhismo, muitas vezes oferecidos pelas associações de escalada e montanhismo, ou por profissionais independentes. Verifique com o instrutor pretendido, suas experiências e competências adquiridas para tal. Use sempre os equipamentos de segurança corretos e nunca dispense o uso de capacete. Faça cursos de atualizações constantes, cursos de resgate, orientação, meteorologia, avançado de escalada, informe-se sobre novas técnicas, alongamentos, exercícios, ética e posturas em relação ao meio ambiente, mantenha a mente aberta e flexível a mudanças e esteja sempre atento aos perigos inerentes à prática do montanhismo e escalada.

Boa aventura!

Documentos

Croquiteca

Sites com croquis de vias de escalada espalhadas pela região do RS:

https://naokiarima.com.br/croquiteca/rs/

http://www.acm-rs.org.br/?page_id=393

https://sites.google.com/view/paredaodavilacristina

https://leaogropo.blogspot.com/search/label/Croquis

http://escaladasensur.blogspot.com/

http://www.yoolerehihi.com/punkrockclimbing/

Cronograma de Atividades

Cronograma 2009

Recomendações aos iniciantes no montanhismo e escalada

Recomendações aos iniciantes no montanhismo e escalada

A FGM recomenda que antes de sair para aventurar-se em trilhas e paredões se busque os conhecimentos específicos dependendo da atividade que se deseja realizar. É estritamente recomendável que o aventureiro faça um curso de primeiros socorros com alguma entidade competente, que faça um período de adaptação ao esporte da escalada em alguma academia que ofereça tal prática.

Depois, que busque os conhecimentos necessários para a prática da sua atividade pretendida com profissional competente, ex.: Curso Básico de Escalada em Rocha, Curso de Iniciação ao Montanhismo e/ou Curso Básico de Montanhismo (muitas vezes oferecidos pelas associações de escalada e montanhismo, ou por profissionais independentes). Verifique com o instrutor pretendido, suas experiências e competências adquiridas para tal.

Use sempre os equipamentos de segurança corretos e nunca dispense o uso de capacete.

Faça reciclagens constantemente: cursos de resgate, orientação, meteorologia, avançado de escalada, informe-se sobre novas técnicas adotadas, alongamentos, exercícios, ética e posturas em relação ao meio ambiente, mantenha a mente aberta e flexível a mudanças e esteja sempre atento aos perigos inerentes à prática do montanhismo e escalada.

Algumas leituras importantes:
To Bolt or Not To Be (.pdf)
Declaração de Tirol (.pdf)
Princípios e Valores – CBME (.pdf)
Pega Leve!
O Direito ao Risco (.pdf)
Declaração de Kathmandu
Manifesto da Escalada Natural
Climb Smart!

Boas aventuras!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sistema Brasileiro de Graduação de Escaladas

O Sistema de Graduação de Escaladas Brasileiro: Uma Proposta de Atualização

1. Introdução

A adoção de diferentes linguagens ao expressar os graus de dificuldade das vias de escalada por parte de diferentes grupos de escaladores no Brasil tem sido uma realidade de tal forma evidente que, mesmo no Rio de Janeiro, onde o sistema de graduação foi concebido, os três guias de escaladas publicados na década de 90 traziam diferenças na forma de utilizá-lo. Em algumas outras regiões do país verifica-se o mesmo fenômeno, porém de forma mais acentuada: frequentemente há equívocos no uso do sistema, e algumas vezes são utilizados sistemas estrangeiros ou formas híbridas dos sistemas brasileiro e francês.

Em 1999 o Fórum Interclubes organizou uma série de três seminários abertos com o objetivo de discutir as mudanças ocorridas e buscar um sistema que aproveitasse as vantagens do sistema existente e incorporasse a ele novos conceitos considerados importantes pela comunidade de escaladores.

Em 10/08/99 foi aberto o primeiro seminário com exposições de autores dos guias e catálogos de escaladas lançados até então no Estado do Rio: André Ilha (Catálogo de Escaladas do Estado do Rio, 1984 e Guia de Escaladas de Guaratiba, 1999 – em fase de elaboração na época); Flávio Daflon (Guia de Escaladas da Urca, 1996) e Alexandre Portela (Guia de Escaladas dos Três Picos, 1998). Nesta ocasião foram colocadas as diferenças na utilização do sistema, e iniciou-se um amplo debate para a melhoria do mesmo.

Dois outros seminários, nos dias 05/10/99 e 14/12/99, levaram à conclusão de uma nova proposta para o sistema de graduação brasileiro. A recomendação final do seminário foi de que, após algum tempo de sua divulgação e uso, o novo sistema sofreria uma revisão final futura.

Com este texto a FEMERJ divulga o enunciado formal do sistema proposto, com o objetivo de dar subsídios às discussões que ocorrerão no seminário final, ainda este ano (2002), cuja data exata e local serão divulgados em breve em www.femerj.org.

Lembramos que a atualização proposta aqui não objetiva somente a melhoria técnica do sistema, que poderá ser utilizado de maneira eficiente em qualquer das modalidades de escalada - vias esportivas, boulders, tradicionais e big walls. Ela traz também o desejo de difundir a utilização de um sistema único e brasileiro no nosso país. Esperamos com isso contribuir para a difusão de conhecimentos técnicos e para a preservação da identidade do nosso montanhismo, que é tão rico em histórias e realizações.

2. A graduação de escaladas no Brasil: um pouco de história

Embora tenha tido seu marco inicial em 1912 com a conquista do Dedo de Deus, a escalada em rocha no país só começou a ser praticada de maneira mais ampla a partir da década de 30. Nesta época, a classificação das dificuldades utilizada para as escaladas era a mesma das caminhadas: leve, média, pesada, etc.

Foi durante a década de 40 que alguns escaladores começaram a utilizar um sistema de graduação específico para escaladas. Dois dos precursores deste novo hábito foram Sílvio Joaquim Mendes, do CERJ, e Almy Ulisséa, do CEB. O sistema utilizado, provavelmente inspirado no sistema alpino, tinha apenas um algarismo, que determinava a dificuldade geral da via. Não havia preocupação com a padronização da notação, de modo que alguns escaladores usavam algarismos arábicos enquanto outros usavam os romanos.

As tentativas iniciais de organização de um sistema viriam a ocorrer a partir na década seguinte. Em 1956, por exemplo, no Encontro de Clubes Excursionistas, dirigido por Ricardo Menescal e Manoel Lordeiro, foram listadas algumas das escaladas até então conquistadas e seus graus de dificuldade, sedimentando assim um padrão de referência para a classificação de outras vias sob um sistema único de graduação.

Na década seguinte o número de conquistas cresceu bastante, e logo surgia uma maneira brasileira de se graduar as vias, resultado do casamento do sistema alpino tradicional com a experiência dos escaladores locais. Este sistema foi aperfeiçoado, descrito e oficializado em 1974 pela antiga Federação Carioca de Montanhismo (FCM), responsável pela introdução da subdivisão “sup” na graduação. No ano seguinte, a FCM viria a se tornar estadual: Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro (FMERJ), que viria a ser extinta no início dos anos 80. A FMERJ publicou em 1975 uma relação das conquistas até então existentes e seus graus de dificuldade, inaugurando ali o novo sistema.

Parte do texto introdutório do sistema de graduação - 1974

Uma descrição formal mais completa mas com algumas adaptações seria feita em 1984, com o lançamento do Catálogo de Escaladas do Estado do Rio de Janeiro (A. Ilha, L. Duarte).

Finalmente, seu uso continuado e eficiência fizeram com que o sistema brasileiro fosse um dos oito únicos sistemas de graduação citados no livro “Mountaineering – the Freedom of the Hills (The Mountaineers, USA)”, reconhecido no mundo todo como uma importante referência bibliográfica no montanhismo.

3. Descrição do sistema de graduação proposto

3.1 - Introdução

Uma das vantagens do sistema brasileiro é a menção dos graus geral e do lance mais difícil da via em separado, ao contrário do que acontece em sistemas como o americano e o francês, que tomam como grau de uma escalada apenas o grau do seu lance mais difícil.
O sistema aqui proposto procura manter esta e outras qualidades deste sistema e ao mesmo tempo acrescentar algumas inovações que o tornem mais atual e eficiente. Algumas destas mudanças são: a adoção oficial do sistema internacional em artificiais (o sistema antigo classificava oficialmente os artificiais em A1, A2 ou A3, embora na prática no Brasil já se adote há tempos a escala até A5), a nova subdivisão (a,b,c) para lances de dificuldade elevada (VIIa ou maior) e a adoção de um grau específico de exposição.

A graduação de uma via é composta aqui de duas partes principais: uma “central”, de menção obrigatória, e outra de termos opcionais, que podem ser acrescidos conforme a riqueza de detalhes que se deseje passar.

Aparte central é composta pelo grau geral, o grau do lance mais difícil e o grau do artificial, quando este existir. Os termos opcionais são o grau de duração, o grau de exposição, o número de passadas em artificial e o grau máximo “obrigatório” em livre. Todos estes itens são explicados abaixo.

Lembramos que na atribuição do grau a uma via considera-se que o escalador está guiando e escalando “à vista”, isto é, sem conhecimento prévio da via.

3.2 - O grau geral

O grau geral tem o objetivo de expressar a soma de todos os fatores objetivos e subjetivos que traduzem a dificuldade de uma via. Trata-se de uma média das dificuldades técnicas encontradas ao longo da via, que por sua vez pode ser ajustada de acordo com os fatores subjetivos, caso estes tenham um peso relevante na dificuldade geral. Entre estes fatores estão: distância entre as proteções, periculosidade das quedas, exigência física, qualidade das proteções e da rocha, existência ou não de paradas naturais para descanso no meio das enfiadas e possibilidade de abandono do meio da via.

Como é influenciado por fatores subjetivos de toda a via, o grau geral pode eventualmente ser maior do que o grau do lance mais difícil. Isto acontece, por exemplo, em escaladas de lances fáceis porém com alto grau de exposição (ver exemplos ao final do texto).

Notação e uso:

• Algarismos ordinais arábicos;
• Não há subdivisões;
• Colocado no início da graduação, podendo apenas ser antecedido pelo grau de duração, quando este existir;
• Sistema aberto para cima, podendo sempre receber um grau a mais do que o máximo grau existente em uma determinada época;
• Menção obrigatória.

Escala: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,…

3.3 - O grau do lance mais difícil

Trata-se do grau do lance ou seqüência mais difícil de toda a escalada, ou grau do crux. Pode ser apenas uma passada ou uma seqüência, isto é, um conjunto de lances entre dois pontos naturais de descanso da via. Este grau também é influenciado pelo nível de exposição (um lance difícil longe do último grampo tende a ter graduação mais alta do que o mesmo lance bem protegido), embora o fator dificuldade técnica prevaleça.

Notação e uso:

• Algarismos romanos;
• Subdivisões: “sup” até VIsup, e “a, b, c” acima de VIsup;
• As subdivisões são escritas logo após o algarismo, em minúsculas e sem espaçamento;
• Posicionado logo após o grau geral, deixando-se um espaço entre eles, e antes do grau do artificial;
• O sistema é aberto para cima;
• Menção obrigatória.

Escala: I, Isup, II, IIsup, III, IIIsup, IV, IVsup, V, Vsup, VI, VIsup, VIIa, VIIb, VIIc, VIIIa, VIIIb, VIIIc, IXa,…

Obs: Além de ser usada na classificação de vias, a notação em romanos deve ser sempre utilizada para a descrição de lances de escalada isolados. A indicação da dificuldade de cada lance nos desenhos dos croquis de vias e o relato escrito de detalhes de escaladas (“…tal escalador passou por uma fenda de VI…”) são dois exemplos onde se deve escrever o grau em romanos e não em arábicos.

3.3.1 - Vias de uma enfiada de corda, falésias e boulders

Para estas vias não há sentido em se atribuir um grau geral e um grau para o lance mais difícil, uma vez que são vias curtas, de comprimento máximo de 50 ou 60 metros. Então o grau geral é abolido, e utiliza-se somente o grau do lance ou seqüência mais difícil, em romanos, para expressar a sua dificuldade. As vias muito curtas, por serem normalmente mais difíceis, não costumam possuir pontos naturais de descanso – neste caso a via inteira é uma seqüência única a ser graduada.

Esta graduação é válida para boulders, falésias e vias curtas em geral, e a notação e a escala já foram descritas acima. Seguem abaixo alguns exemplos de escaladas deste tipo pelo Brasil:

O Tempo Não Para (Galpão de Pedra, Caçapava do Sul, RS) - VIsup
Ácido Nítrico (Falésias dos Ácidos, Urca – RJ) – VIIIa
Corações e Mentes (Mo. Da Pedreira, S. do Cipó, MG) - IIIsup
Asterix (P. da Ana Chata, S. Bento do Sapucaí, SP) - VIIa

3.3.2 - O grau máximo obrigatório em livre

O grau de uma via de escalada é o seu grau mais em livre possível. No entanto, um escalador cujo nível técnico esteja abaixo dos lances mais difíceis de determinada escalada pode ter condições de repeti-la se subir tais lances em artificial, utilizando para isso as proteções como pontos de apoio. Embora este não seja o melhor estilo de se repetir uma via, muitas vezes é o estilo possível para quem (ainda) não consegue fazê-la totalmente em livre.

Por este motivo, na hora de graduar uma via, alguns escaladores gostam de mencionar o grau máximo “obrigatório” em livre da escalada, isto é, aquele que, mesmo utilizando as proteções como ponto de apoio, o escalador necessariamente tem que conseguir guiar em livre para repeti-la. Neste caso o “novo crux” passa a ser mais baixo, substituindo o crux real na graduação. O crux real é mencionado entre parêntesis, junto com a indicação do artificial que o substitui.

Por exemplo: Suponha que numa via de 3 VIsup o lance de VIsup possa ser subido pisando-se em duas das proteções (artificial A0, portanto), fazendo com que o grau máximo em livre passe a ser IV. O grau desta via pode ser expresso então como 3 IV (A0/VIsup). Isto é, a via é de 3 grau, o crux é de VIsup e caso este seja feito em artificial A0 o novo crux (grau obrigatório) passa a ser IV. O termo entre parêntesis (A0/VIsup) significa “ou você faz um A0 ou faz um VIsup”.

Outra aplicação para esta forma de graduação está em vias conquistadas com trechos em artificial e que com o passar dos anos foram feitas em livre, mas que conservam a grampeação original do antigo artificial.

Notação e uso:

• O “novo crux” é colocado depois do grau geral, em substituição ao crux real;
• A seguir coloca-se entre parêntesis o grau do artificial, uma barra e o grau do crux real, sem espaçamento entre eles;
• Uso opcional.

3.4 - O grau do artificial (A)

Entende-se por artificial o uso de meios não naturais (ou pontos de apoio artificiais) para progressão numa escalada.

O grau adotado aqui segue o sistema internacionalmente mais utilizado, indo de A0 a A5, e possuindo subdivisões (“+”). Apenas o A0 recebe uma definição um pouco diferente em relação a outros países. Quanto ao grau reservado para (futuras) escaladas mais difíceis do que A5, adota-se aqui o A5+ em vez de A6, para se manter uma lógica sequencial, a exemplo de algumas publicações como o já citado “Mountaineering – the freedom of the hills”.

O grau do artificial de uma via é o grau da sua enfiada mais difícil, e não uma média dos diferentes trechos em artificial.

Quando o artificial possui poucos pontos de apoio, pode-se desejar mencionar a quantidade destes pontos. Neste caso, coloca-se o número de pontos de apoio entre parêntesis, logo depois do grau. Ex: 4 V A1(3) ou 4 V A2+(2).
Quanto a via possui trecho em cabo de aço, adiciona-se a letra “C” ao final. Ex: 4 V C.

Convém comentar que a graduação de artificiais leva em conta principalmente a qualidade das colocações que seguram o escalador e o tamanho da queda em potencial. Assim sendo, é possível a existência de artificiais com poucas passadas mas de graus elevados. Por exemplo: uma sequência de 4 ou 5 copperheads e rurps fragilmente colocados após um longo lance de escalada em livre sem proteção pode vir a receber um grau alto, apesar de ser um trecho curto.

Artificiais fixos podem ser A0 ou A1, conforme sua extensão. Artificiais de cliff são sempre maiores do que A1, variando conforme a distância da última proteção sólida e a dificuldade de progressão. Estes fatores também se aplicam ao material móvel em geral.

Notação e uso:

• Letra A maiúscula seguida de numeração de 0 a 5, em arábicos, sem espaçamento entre a letra e o número;
• Subdivisões: “+”, colocado após o número sem espaçamento;
• Posicionado depois do grau do lance mais difícil e antes do grau de exposição (E), caso exista;
• No caso de cabos de aço, letra C maiúscula, posicionada depois do lance mais difícil ou do artificial (A), caso este exista, e antes do grau de exposição (E), caso exista;
• O número de pontos de apoio vem em arábicos, colocado entre parêntesis logo após o grau do artificial, sem espaçamento. Seu uso não é obrigatório;
• O grau do artificial é de uso obrigatório;

Escala:

A0: Pontos de apoio sólidos (“à prova de bomba”) isolados ou em uma curta sequência, com pouca exposição; pêndulos; uso da proteção para equilíbrio ou descanso; e tensionamento da corda para auxílio na progressão;
A1: Peças fixas ou colocações sólidas de material móvel, todas elas fáceis e seguras, em uma seqüência razoavelmente longa;
A2: Colocações de material móvel geralmente sólidas porém mais difíceis. Algumas colocações podem não ser sólidas, mas estarão logo acima de uma boa peça. Não há quedas perigosas.
A2+: Como o A2, mas com possibilidade de mais colocações ruins acima de uma boa. Potencial de queda aproximado de 6 a 9 metros, mas sem atingir platôs. Pode ser necessária uma certa experiência para encontrar a trajetória correta da escalada.
A3: Artificial difícil. Possui várias colocações frágeis em seqüência, com poucas proteções sólidas. O potencial de queda é de até 15 metros, equivalente ao arrancamento de 6 a 8 peças, mas geralmente não causa acidentes graves. Geralmente são necessárias varias horas para guiar uma enfiada, devido à complexidade das colocações.
A3+: Como o A3, mas com maior potencial de quedas perigosas. Colocações frágeis, como cliffs de agarra em arestas em decomposição, depois de longos trechos com proteções que agüentam somente o peso do corpo. É comum que escaladores experientes levem mais de três horas para guiar uma enfiada.
A4: Escaladas muito perigosas. Quedas potenciais de 18 a 30 metros, com perigo de se atingir platôs ou lacas de pedra. Peças que agüentam somente o peso do corpo.
A4+: Como o A4, mas são necessárias várias horas para cada enfiada de corda. Cada movimento do escalador deve ser calculado para que a peça onde ele se encontra não seja arrancada apenas com o peso do seu corpo. Longos períodos de pressão psicológica.
A5: Este é o extremo, sob o ponto de vista técnico e psicológico. Nenhuma das peças colocadas em toda a enfiada é capaz de segurar mais do que o peso do corpo, quando muito. As enfiadas não podem possuir proteções fixas nem buracos de cliff.
A5+: Como um A5 em que as paradas não são sólidas. Qualquer queda é fatal para todos os componentes da cordada. Até o presente (2002) não se conhece nenhuma via de escalada com essa graduação.

3.5 - O Grau de Duração (D)

Expressa o tempo de duração da via quando repetida à vista por uma cordada “normal”. A escala utilizada é a internacional, tendo a notação sido modificada para maior clareza, já que aquela escala utiliza os mesmos algarismos romanos que aqui utilizamos para o lance mais difícil da via. Assim sendo, os graus I, II, III, etc utilizados no exterior equivalerão no sistema brasileiro aos graus D1, D2, D3, etc, sendo o D de “duração”.
O grau de duração da via só considera a ascenção, não incluindo o tempo de retorno, seja ele feito por rapel ou caminhada.

Notação e uso:

• Letra D maiúscula seguida de numeração (de 1 a 7), em arábicos, sem espaçamento entre a letra e o número.
• Posicionado no início do grau da via, antes de todos os outros fatores.
• Utilização opcional.

Escala:

D1: Poucas horas de escalada
D2: Meio dia de escalada.
D3: Um dia quase inteiro de escalada.
D4: Um longo dia de escalada.
D5: Requer uma noite na parede. Cordadas muito velozes podem repeti-la em um dia.
D6: Dois dias inteiros ou mais de escalada. Normalmente inclui longos e complicados trechos de escalada artificial.
D7: Expedições a locais de acesso remoto com longa aproximação e muitos dias de escalada.

3.6 - O grau de exposição (E)

O grau de exposição de uma via procura expressar seu o grau de comprometimento psicológico. Como visto anteriormente, a exposicao está incluída, junto com outros fatores, no grau geral da escalada. No entanto, a sua menção específica em separado é uma informação muitas vezes importante, principalmente em se tratando de escaladas em ambiente de montanha, e muitos escaladores optam por utilizá-lo na graduação das vias.

A primeira vez que um termo que expressasse exclusivamente o grau de exposição foi utilizado ocorreu com o lançamento do Guia de Escaladas dos Três Picos (1998), por Alexandre Portela, Sérgio Tartari e Isabela de Paoli. Os autores criaram um sistema fechado com 5 subdivisões, e que teve repercussão bastante positiva por parte da grande maioria dos escaladores que utilizaram aquela publicação como fonte de informações sobre as escaladas de Salinas (Friburgo), região incluída no guia. Como resultado, decidiu-se nos seminários incluir este grau no sistema.

Os fatores considerados aqui são principalmente a distância e a qualidade das proteções e o risco de vida em caso de queda, mas também a dificuldade técnica dos lances (embora este fator tenha menor peso).

Este grau diz respeito apenas à parte de escalada livre da via. A exposição dos trechos em artificial está incluída no grau do artificial.

Notação e uso:

• Letra E maiúscula, seguida de numeração de 1 a 5, em arábicos, sem espaçamento entre a letra e o número.
• Posicionado ao final do grau da via, depois de todos os outros fatores.
• Sua utilização é opcional.

Escala:

E1: Vias bem protegidas (ex: a maior parte das vias do Anhangava/PR, Cuscuzeiro/SP, Lapinha/MG e Coloridos, Urca/RJ)
E2: Vias com proteção regular (ex: vias do Morro da Babilônia, na Urca/RJ e Serra do Lenheiro/MG);
E3: Proteção regular com trechos perigosos (ex: vias na Serra dos Órgãos/RJ e Pedra do Baú/SP);
E4: Vias perigosas (em caso de queda) (ex: algumas vias de Salinas/RJ e Marumbi/PR);
E5: Vias muito perigosas (em caso de queda) (ex: algumas vias de Salinas/RJ e Cinco Pontões/ES).

4. Exemplos de aplicação do sistema:

• Suponhamos que uma determinada via seja curta (uma enfiada de corda ou mesmo um boulder), e a sequência mais difícil seja VIIb. O grau da via é então VIIb.

• Suponhamos agora que essa via tenha na verdade duas ou mais enfiadas. Então o grau médio dos lances da via deve ser aferido, e ajustado um pouco para cima (ou não) conforme a exposição, exigência física e outros fatores subjetivos. Suponhamos que esse grau seja 5. Então o grau da via é 5 VIIb.

• Mas no meio da via há um artificial de cliffs graduado em A2. Grau: 5 VIIb A2.

• Se esse artificial constituir de apenas três pontos de apoio, você pode querer explicitar isso. Solução: 5 VIIb A2 (3).

• Suponhamos que a via não tenha artificial nenhum, pois é feita em livre. Como vimos acima, seu grau é então 5 VIIb. Mas o crux (VIIb) tem a possibilidade de ser feito em artificial segurando em um ou dois dos grampos de proteção (um A0, portanto), e aí o lance mais difícil passa a ser um Vsup. Você pode informar isso na graduação da seguinte forma: 5 Vsup (A0/VIIb).

• Bem, acontece que esta via é particularmente exposta (um E4), e embora isto já tenha influenciado o grau geral você pode querer dar a informação em separado. Então o grau da via é 5 VIIb E4. E se houver o artificial A2, 5 VIIb A2 E4.

• E finalmente a via em questão é tão longa e trabalhosa que se trata de um big wall, e uma cordada normal levará dois dias para repetir. O grau é então: D5 5 VIIb A2 E4.

Em suma: o grau pode ser expresso de maneira tão simples como VIIb ou tão extensa como D5 5 VIIb A2 E4, conforme as características da via e os objetivos de quem a gradua. Mas na prática, a maioria das vias só requer mesmo o uso de dois termos: o grau geral e o crux. Seguem abaixo outros exemplos:

VIsup - via de uma enfiada, boulder ou falésia cujo crux é VIsup.
D2 4 VIsup A2 E2 – Via de grau médio (geral) 4, crux VIsup e artificial A2 cujo grau de exposição é E2 (grampeação regular) e a duração é D2 (meio dia de escalada).
IV E3 - Via curta de crux IV grau e exposição regular com trechos perigosos (E3).
3 IVsup (A0/VI) – Via de 3 grau com crux de VI, mas cujo crux obrigatório é IVsup.
D6 7 VIIb A3+ E4 – Via de 7 grau com crux de VIIb e artificial A3+ que tem grau de exposição E4 (via perigosa) e duração de alguns dias.
5 IV – Via de 5 grau cujo crux é de IV grau.
5 IV E4 – Pode ser a mesma via anterior, mas decidiu-se tornar explícito o grau de exposição. Notar que o alto grau de exposição desta via faz com que o grau geral seja maior do que o do crux.

5. Graduação de algumas vias pelo Brasil pelo sistema:

Entre o Sol e a Lua (Casa de Pedra, Bagé, RS) - 5º V
O Dia da Marmota (P. do Cuscuzeiro, Analândia, SP) - 5º VIsup
Tragados pelo tempo (Corcovado, RJ) – D5 6° VIsup A3+
Ópera Selvagem (Sa. Do Lenheiro, S. J. del Rei, MG) - 4ºV
Infarto Neurológico (Ibitirati, PR) - 6º VIsup A2 E4
Agulha do Diabo (Serra dos Órgãos, RJ) - 3º IIIsup A1 C
Universo Paralelo (Pa. do Pântano, Andradas, MG) – VIIa
Los Encardidos (Marumbi, PR) – D5 6º VI A2
Tente Outra Vez (Torres – RS) - VI
Alcatraz (Pedra de São Pedro, RN) - 6º VIIa E2
Face Leste do Pico Maior (Friburgo, RJ) - 5º IVsup E3

6. Considerações finais

Como dito anteriormente, o novo sistema vem sendo testado na prática desde o início do ano 2000 em diferentes regiões do país, e após este período já é possível fazer algumas observações:

- A mudança de notação existente entre o sexto e o sétimo grau foi bem assimilada pelos escaladores na linguagem oral – parece estar bem difundido que depois do “sexto sup” vem o “sete a”, “sete b”, etc, e não mais os “sétimo” e “sétimo sup”. Mas, na escrita, ainda se usa muito os arábicos para estes graus (“7a”, “7b”, etc), quando o correto é “VIIa”, “VIIb”, etc.
- Outro equívoco ainda comum é o uso de subdivisões no grau geral e o uso de arábicos na classificação de lances (“5ºsup”), em vez dos romanos.
- O uso do grau de exposição se tornou rapidamente popular, e embora tenha por vocação maior utilidade nas regiões de “vias de montanha”, vem sendo usado corriqueiramente em escaladas urbanas. Alguns escaladores sugeriram que este fator passe a ser de uso obrigatório.

7. Bibliografia

- Documentos técnicos da extinta FMERJ, 1974 e 1975;
- Catálogo de Escaladas do Estado do Rio de Janeiro – André Ilha e Lúcia Duarte, 1984;
- Guia de Escaladas da Urca – Flávio Daflon e Delson Queiroz, 1996;
- Guia de Escaladas dos Três Picos – Alexandre Portela, Sérgio Tartari e Isabela de Paoli, 1998;
- Guia de Escaladas de Guaratiba – André Ilha, 1999;
- Notas dos seminários de graduação – Fórum Interclubes, 1999;
- Mountaineering – The Freedom of the Hills – 6a edição - The Mountaineers, 1996.

Expediente

Este texto é parte do acervo de textos técnicos produzido pela Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ) para a comunidade de montanhistas, e pode ser baixado de www.femerj.org. A cópia e divulgação do mesmo são livres, desde que sem fins lucrativos e desde que citada a fonte.

Agradecemos a comunicação de quaisquer erros ou omissões encontrados aqui através do e-mail infofemerj@femerj.org ou por carta à FEMERJ.

FEMERJ
Rua Hilário de Gouveia, 71 / 206
Copacabana - Rio de Janeiro
CEP: 22040-020

Rio de Janeiro, abril de 2002

Ranking 2008

- Modalidade Dificuldade:

As etapas de dificuldade ocorreram em 17/05 e 16/08 na Academia Estica Vida em Caxias do Sul.

Adulto (20 a 39 anos) 1ª Etapa 2ª Etapa Soma
1º Dioni Capelari Silocchi, ACM 100 100 200
2º Jimerson Rangel Martta, ACM 80 100 180
3º Pedro Ferreira Nicoloso, AGM 65 80 145
4º Rogério Censi, ACM 47 65 112
5º Fabio Itiro Sato, ACM 40 51 91
6º Juliano Perozzo, ACM 55 - 55
6º Marcos Roberto de B Lucca, ACM - 55 55
7º Matheus Correa, ACM 51 - 51
8º Fabiano Salvi, AGM 43 - 43

Feminino (a partir de 14 anos) 1ª Etapa 2ª Etapa Soma
1º Helena Ferrari Cogorni, ACM 100 100 200

Juvenil (14 a 19 anos) 1ª Etapa 2ª Etapa Soma
1º Tiago Peter Gerstheimer, AGM 100 100 200

Máster (a partir de 40 anos) 1ª Etapa 2ª Etapa Soma
1º Marcos Alba, ACM 100 80 180
2º Mauro César D’Agostini, ACM - 100 100
3º Marco Antonio Valim, AGM 80 - 80

Iniciantes 1ª Etapa 2ª Etapa Soma
1º Neison Hoffmann 100 100 200
2º Higor Wuttke Nunes 65 80 145
3º Joel Hoffmann Hillebrand 80 - 80
4º Guilherme Cansan - 65 65
5º Rômulo Cunha Müller - 55 55
6º Rafael Redaelli - - 51 51

- Modalidade Boulder:

A etapa única de boulder ocorreu em 13/12 na Loja Samburá em Caxias do Sul.

Adulto (20 a 39 anos) Etapa Única
1º Rogério Censi, ACM 100
2º Jimerson Rangel Martta, ACM 80
3º Juliano Perozzo, ACM 65
4º Fabiano Salvi, AGM 55
5º Matheus Correa, ACM 51
6º Fabio Itiro Sato, ACM 47

Feminino (a partir de 14 anos) Etapa Única
1º Helena Ferrari Cogorni, ACM 100

Iniciantes Etapa Única
1º Rômulo Cunha Müller 100
2º Higor Wuttke Nunes 80
3º Guilherme Cansan 65
4º Rafael Redaelli 55
5º Cauê Prataviera da Silva 51

Resultado Final Seletiva Seleção Brasileira Juvenil 2009

Resultado Final Seletiva Seleção Juvenil - 2009

Class Atleta Catego Sexo Idade Estad Vai para Mundial

1 Anna Shaw Júnior Feminino 90/91 SP SIM
2 Thais Quacciha Miranda Júnior Feminino 90/91 RJ NÃO
3 Luana Riscado de Carvalho Júnior Feminino 90/91 RJ SIM

1 Jonas Leffeck Juvenil A Masculino 92/93 SC COMPETE PELA PASSAGEM
2 Jürgen Pauli de Castro Juvenil A Masculino 92/93 SC COMPETE PELA PASSAGEM
3 Gustavo da Silveira G Juvenil A Masculino 92/93 SP COMPETE PELA PASSAGEM
4 Pedro Martins Gomes Juvenil A Masculino 92/93 RJ SIM
5 Bruno Bitarelo Milan Juvenil A Masculino 92/93 RS NÃO
6 Rodrigo Zini Juvenil A Masculino 92/93 RS NÃO
7 André Sass Braga Juvenil A Masculino 92/93 PR NÃO
8 Luan Wagner de Olivei Juvenil A Masculino 92/93 PR NÃO
9 João Paulo Ribeiro Fer Juvenil A Masculino 92/93 PR NÃO
10 Guilherme Ferreira Lei Juvenil A Masculino 92/93 PR NÃO
11 Tiago Peter Gerstheime Juvenil A Masculino 92/93 RS NÃO
12 Pedro Henrique FerreiraJuvenil A Masculino 92/93 SP NÃO

1 Mariana Gomes Aguilar Juvenil B Feminino 94/95 MG SIM
2 Ana Paula Veloso Juvenil B Feminino 94/95 SP NÃO

1 Caio Lopes da Silva Juvenil B Masculino 94/95 PR SIM
2 Andreas Pauli de Castro Juvenil B Masculino 94/95 SC SIM
3 Eduardo Ferreira SbroggioJuvenil B Masculino 94/95 SP NÃO
4 Filipe Fernades FerreiraJuvenil B Masculino 94/95 SP NÃO
5 Igor Ferreira Fóscolo Juvenil B Masculino 94/95 MG NÃO

1 Camila Shaw Juvenil A Feminino 92/93 SP SIM
2 Maria de Campos MorJuvenil A Feminino 92/93 MG SIM
3 Jennifer Gabell Juvenil A Feminino 92/93 PR SIM
4 Marina Pagno Juvenil A Feminino 92/93 RS NÃO

1 Felipe Gomes Camargo Junior Masculino 90/91 SP SIM
2 Pedro Alves de Campo Junior Masculino 90/91 SP SIM
3 Victor Guilherme GreiJunior Masculino 90/91 SC SIM
4 Celso Felipe Gemin FrJunior Masculino 90/91 PR SIM
5 Rodrigo Hennings Junior Masculino 90/91 SC NÃO
6 Luiz Gustavo MarcondeJunior Masculino 90/91 PR NÃO

terça-feira, 5 de maio de 2009

Contato

E-mail institucional: fale@fgm.org.br

E-mail presidente: nabrugger@gmail.com (Nelson Brügger)

E-mail secretaria: secretaria@fgm.org.br (Tiago Santos)

Instagram: @fgm_montanhismo

Ações e aspirações da FGM 2008 e...

Realizações da FGM em 2008 e algumas aspirações

1- Organizou em conjunto com a ACM – Associação Caxiense de Montanhismo, o Campeonato Gaúcho de Escalada Esportiva 2008, sendo duas etapas na Modalidade Dificuldade (Academia Estica Vida) e uma etapa na Modalidade Boulder (Loja Samburá), ambas em Caxias do Sul.

2- Conquistou junto ao Conselho Consultivo dos Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, vaga como Titular no conselho, participando no Comitê Setorial das Entidades recreativas sem fins lucrativos. Comitê no qual também estão a Acaserg (Associação dos Canionistas da Serra Geral) e a Abcanion (Associação Brasileira de Canionismo). O objetivo é facilitar o acesso dos montanhistas junto aos cânions, inclusive para a escalada. Para tanto é necessário alterar o plano de manejo do parque, que deve ser agora em 2009.

3- Participamos da CBME – Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada e sempre que possível participamos das reuniões convocadas e eventos, os dois últimos foram a Assembléia da CBME (www.cbme.org.br) em outubro de 2008, no Rio de Janeiro, e na última reunião em Curitiba, neste mês de janeiro de 2009. As informações são todas repassadas aos membros da FGM via grupo de discussão via internet. A CBME é filiada a UIAA – União Internacional de Associações de Alpinismo e ao IFSC – Federação Internacional de Escalada Esportiva. A FGM participa do grupo de discussão da CBME com 5 membros da diretoria, que repassam essas informações a suas filiadas. Atualmente temos direito a 4 votos, conforme nosso número de federados. Temos a proposta de que todos os membros das entidades pertencentes à FGM sejam federados e assim ampliar a participação da FGM junto a CBME.

4- A FGM possui um grupo de discussão (via email) de montanhistas do estado e interessados. Atualmente este grupo está com pouco mais de 80 membros. Temos projeto de ampliação para 200 membros ou mais, até o final de 2009, e a participação é gratuita.

5- A FGM possui um site na internet (www.fgm.org.br), atualmente carente de informações e um “up grade” é necessário. A proposta é melhorar a cara da FGM através do site e das informações contidas nele e facilitar a comunicação entre os montanhistas e a FGM.

6- A FGM pretende institucionalizar alguns eventos tradicionais no estado e criar um calendário de encontros regionais como: Encontro de Caçapava, Caldeirão do Behne, Ogro’s Festival, Encontro no Salto, AGMovie, Festivais de Conquista, e outros e contribuir na organização destes através da disseminação do conhecimento e instigar as entidades a aprimorarem seus eventos.

7- A FGM, através da Diretoria de Escalada Esportiva e Competições, deseja criar um quadro de juízes e procura disseminar estes conhecimentos através de oficinas programadas nas datas das competições estaduais, oficinas de route setter (regional), organização de eventos e padrão de exigências da FGM e staff mínimo para eventos e competências necessárias.

8- Estamos junto com a CBME no Projeto da Seletiva Juvenil Brasileira e ajudaremos, no que for possível, os atletas locais a atingirem seus objetivos.

A FGM tem uma diretoria que vive distante geograficamente: Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. O maior contato é via email, às vezes com reuniões virtuais, outras participando fisicamente de eventos promovidos por algumas das entidades pertencentes à FGM, que são a AGM – Associação Gaúcha de Montanhismo, de Porto Alegre, a APECAM – Associação Porto Alegrense de Escalada, Canhonismo e Alta Montanha, A ACM- Associação Caxiense de Montanhismo, o GBS – Grupo Bandeirantes da Serra, de Santa Maria, e o CMELG – Clube de Montanhismo Ecológico Leão Gropo, de Bento Gonçalves.

Atualmente os membros mais ativos da entidade (FGM) são o Diretor Técnico e o Diretor de Escalada Esportiva e Competições, em função do Ranking e envolvimento com a CBME e outras federações estaduais, e também o Diretor de Meio Ambiente em conjunto com o Técnico, junto ao Conselho Consultivo dos Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral.

A maior demanda financeira da entidade tem sido a participação nas reuniões do referido conselho (as últimas foram em Jacinto Machado (SC) e Cambará do Sul (Sede do Itaimbezinho)) e da CBME (as últimas foram Rio de Janeiro e Curitiba). A FGM tem que ampliar suas receitas e destinar verba para cada área como: reuniões conselho dos parques, reuniões cbme, participação em eventos regionais e disseminação do conhecimento através de um encontro anual dos montanhistas, evento paralelo aos já existentes no estado. A FGM tem uma dívida junto à Receita Federal devido a não declaração dos anos de 2001, 2002 e 2003. Neste último ano pagamos a multa referente a não declaração no ano de 2000. Acredito que logo solucionaremos esta dívida com o governo. A FGM paga para a CBME uma anuidade de aproximadamente R$ 600,00. A FGM tem uma receita aproximada de R$900,00 por ano, oriunda de suas filiadas e federados ( R$100,00 de cada entidade com direito 5 membros e mais R$ 10,00 por federado) e das taxas recolhidas nas competições (R$ 5,00 por atleta). Precisamos de mais recursos, mais entidades e seus membros e mais participação da comunidade de montanhistas, tanto na organização como na participação nos eventos e competições. Há entidades que pertencem a FGM e seus diretores nem são federados, é quase uma vergonha você ter que trocar idéias com algum diretor ou presidente de entidade de montanhismo do RS e, no entanto esta pessoa nem é federada, será que os R$10,00 por ano está muito caro? Olha os gringos estão aqui na serra mas não é o que parece. É pouco o que está sendo feito e com os recursos que dispomos? Contribua, sua participação é importante, aguardamos sugestões.

Juliano Perozzo
Dir. Tec. FGM

Padrões de treinamentos UIAA

PADRÕES DE TREINAMENTO MODELOS
para Guias e Instrutores Voluntários

UIAA Training Standards Working Group UIAA Office
c/o The United Kingdom Mountain Training Board Monbijoustrasse 61
Capel Curig CH - 3007 Bern
GWYNEDD LL24 0ET SWITZERLAND
UNITED KINGDOM

Tel: + (44) 1690 720 272 Tel: + (41) 31 370 18 28
Fax: + (44) 1690 720 248 Fax: + (41) 31 370 18 38
Email: Theukmtb@aol.com Email: UIAA@compuserve.com
Website: www.mountaineering.org

APRESENTAÇÃO

As nossas federações membros solicitaram à UIAA que desenvolvesse padrões de treinamento modelos para guias e instrutores voluntários de modo a poderem basear seus próprios cursos de treinamento em princípios e padrões amplamente aceitos. Este trabalho foi executado pelos membros da Comissão de Montanhismo da UIAA (UIAA Mountaineering Commission) com o auxílio de muitas outras pessoas de diversos países. Hoje em dia vinte e dois padrões em sete países foram aprovados, quatro outros países estão sendo avaliados e outros onze já formalizaram pedidos. Isto mostra que uma ampla aceitação destes padrões como uma boa prática já existe. No entanto, o seu sucesso só pode ser realmente medido se eles resultarem em uma redução dos acidentes nas montanhas. Embora nada possa substituir a experiência, não há dúvida de que um bom treinamento inicial pode fazer os primeiros dias nas montanhas muito mais seguros.

Eu gostaria de cumprimentar e agradecer a todos os membros da Comissão de Montanhismo da UIAA pelo trabalho que eles tiveram ao preparar estes padrões e a todas aquelas pessoas que os ajudaram. E gostaria também de agradecer àquelas federações que os adotaram e nos deram um retorno em relação aos avanços conseguidos.

Ian McNaught-Davis
Presidente UIAA

PREFÁCIO

Os Padrões de Treinamento Modelos da UIAA para Guias e Instrutores Voluntários foram estabelecidos em cooperação com a Comissão de Montanhismo da UIAA. O acesso às montanhas continua livre para todos e estes padrões não foram preparados para tentar regulamentar a prática das atividades de montanhismo e alpinismo, mas para dar uma importante contribuição ao seu desenvolvimento e à segurança nas montanhas.

O nosso objetivo é difundir o uso destes padrões, levando a melhorias no conhecimento técnico, à prevenção de acidentes em montanha e a um aumento na qualidade das atividades de montanhismo.

Estes padrões foram ratificados pela Assembléia Geral ocorrida em Outubro de 1993 no Chile.

As seguintes pessoas colaboraram neste projeto:

Alan Blackshaw BMC, Chair of the Mountaineering Commission
André Rieder SAC, Switzerland
Giancarlo Del Zotto CAI, Italy
Igor Novák CMA, Czech Republic
Lluis Lopez FEDME, Spain
Jordi Colomer FEDME, Spain
Paul Vierin CAF, France
Louis Volle CAF, France
Jean Ruedin FFME, France
Karl Schrag DAV, Germany
Mike Nikkels KNAV, Holland
Iain Peter BMC, Great Britain
Roger Payne BMC, Great Britain
Eliza Moran AAC, USA
Mike Galbraith CAC, Canada
Patrick Lamarque CAF, France
Phillipe Dedieu FFME, France
Robert Rennsler OAV, Austria
Manel de la Matta FEDME, Spain
John Cousins UKMTB, UK

Índice

CAPÍTULOS

1. INTRODUÇÃO
2. O ESQUEMA DA UIAA DE PADRÕES DE TREINAMENTO MODELOS
3. A BASE COMUM DOS PADRÕES DA UIAA
4. O PADRÃO PARA GUIA DE CAMINHADAS
5. O PADRÃO PARA INSTRUTOR DE ESCALADAS EM ROCHA
6. O PADRÃO PARA GUIA EM ZONAS ALPINAS (HIGH-ALPINE REGIONS)
7. O PADRÃO PARA GUIA DE ESQUI DE MONTANHA (MOUNTAIN SKI-TOURING)

PADRÕES DE TREINAMENTO MODELOS

1. INTRODUÇÃO

1.1 A preocupação da UIAA é promover o treinamento em montanha como um aspecto importante do desenvolvimento do montanhismo, e entregou a responsabilidade de fazê-lo à Comissão de Montanhismo, trabalhando em conjunto com federações membros e outras organizações, conforme a necessidade.

1.2 A Comissão de Montanhismo da UIAA recebe frequentes pedidos de orientação das suas federações membros em relação aos padrões e métodos de treinamento em montanha. Isto foi levantado, por exemplo, pela Ucrânia e outros países em discussões recentes com federações de montanhismo da antiga USSR em Moscou. A Comissão gerou padrões internacionais de acordo com a prática mais aceita correntemente entre várias federações membros com experiência considerável em programas de treinamento em montanha para guias voluntários. A Comissão espera que esta possa ser uma base a partir da qual ela possa fornecer orientação àqueles que a solicitam, e sugere que as federações membros que levem estes padrões em consideração ao montar ou revisar os programas de treinamento sob sua responsabilidade.

1.3 Se os padrões forem amplamente seguidos pelas federações membros, isto poderá gradualmente encorajar uma larga aceitação internacional dos padrões da UIAA como uma boa referência de treinamento em montanhismo, ao mesmo tempo em que fica a critério de cada federação a sua aplicação em seus países na forma que melhor desejarem. A UIAA acredita que a existência destes padrões internacionais ajudará a assegurar um padrão mínimo e uniforme de qualidade tanto para aqueles que guiam quanto para aqueles que estão aprendendo ou sendo guiados.

1.4 A UIAA também acredita que seria desejável a existência de um sistema mútuo de reconhecimento das qualificações padrões para guias entre seus diferentes membros de modo que guias voluntários treinados em um país membro de acordo com seus padrões de treinamento possam operar livremente em outros países membros. Isto traria óbvios benefícios ao facilitar a prática do montanhismo por grupos voluntários em diferentes países e regiões, dando assim suporte aos objetivos da UIAA de incentivo do montanhismo a nível internacional. A Comissão de Montanhismo, consultando algumas federações, reconhece que esta pode ser uma questão demorada devido a questões legais.

1.5 Estas regras cobrem as seguintes categorias principais de guias ou instrutores voluntários:

- Caminhadas em Montanha (capítulo 4)
- Escalada em Rocha (capítulo 5)
- Montanhismo em Zonas Alpinas (capítulo 6)
- Esqui de Travessia em Montanha (capítulo 7)

A Comissão de Montanhismo da UIAA está aberta à inclusão de mais padrões que sejam necessários para atender as necessidades de Federações membros.

1.6 Enfatizamos que os padrões se aplicam apenas a guias voluntários, e que guias e instrutores profissionais podem ter requisitos adicionais. Caso uma das federações membros deseje desenvolver ou usar um dos presentes padrões modelos para uso profissional, ele deverá primeiro consultar a Comissão de Montanhismo da UIAA ou a organização profissional encarregada.

1.7 A UIAA se compromete a promover oportunidades iguais a todas as pessoas que praticam a escalada ou o montanhismo. É de se esperar que programas de treinamento demonstrem boa vontade em relação a iguais oportunidades.

1.8. A Comissão revisará os padrões quando necessário, levando em conta a experiência das Federações membros e outros fatores.

2. O ESQUEMA DE PADRÕES DE TREINAMENTO DA UIAA

2.1 Este capítulo define a estrutura geral do esquema de padrões de treinamento modelos da UIAA.

2.2 Organização e Administração A Comissão de Montanhismo da UIAA tem a responsabilidade de organizar e administrar este Esquema, reportando-se ao UIAA Committee e ao UIAA Council, que tem a responsabilidade final.

2.3 Para estes propósitos a Comissão de Montanhismo tem um sub-grupo de treinamento em montanhismo, composto de membros da comissão e de especialistas em treinamento em montanhismo escolhidos segundo sua indicação.

2.4 Uma base uniforme para os Padrões Modelos da UIAA O título ‘Padrão UIAA’ indica a execução de treinamento estruturado validado por provas. O seu recebimento é uma indicação dos níveis e habilidades atingidos nas áreas técnica e de ensino, assim como nas de segurança e proteção do ambiente natural nas montanhas.

2.5 A Comissão de Montanhismo propõe, na medida do possível, um formato comum para todos os padrões de treinamento modelos no esquema da UIAA, embora os níveis de habilidade e experiência requeridos venham a variar de acordo com as necessidades de cada padrão em particular. Ao prover o máximo de uniformidade na estrutura dos padrões, a Comissão de Montanhismo espera assegurar que cada padrão individual seja de fácil entendimento e encorajar o uso de treinamentos modulares em vários níveis, de modo que a duplicação de provas e avaliações possam ser evitadas tanto quanto possível. Isto é definido mais adiante no Capítulo 3.

2.6 Aplicação dos Padrões por Parte das Federações Membros Como notado acima (item 1.2) estes padrões definem apenas práticas aceitas internacionalmente e as Federações membros devem aplicá-los em seus próprios programas de treinamento de acordo com as suas próprias circunstâncias e requisitos.

2.7 A Comissão de Montanhismo terá satisfação em coordenar, a pedido, o aconselhamento ou assistência às Federações membros, por exemplo, providenciando junto a outras Federações membros o envio de instrutores qualificados e experientes àquelas Federações que o solicitarem. Via de regra a Federação contemplada deverá cobrir as despesas de viagem e outros custos no seu próprio país. No entanto, a Federação provedora seria encorajada a prover outros custos (Ex: salários dos instrutores) caso seja necessário.

2.8 Aprovação da UIAA Quando uma Federação membro considerar que os seus programas de treinamento atendem o padrão mínimo da UIAA para qualquer curso em particular, ela pode requerer à UIAA que aprove seu programa ou curso.

2.9 Nestes casos a Comissão de Montanhismo precisaria se certificar de que a Federação em questão está aplicando o padrão UIAA relevante corretamente e que possui procedimentos de treinamento, pessoal e esquemas de monitoramento adequados para assegurar que os seus cursos atendam consistentemente aquele padrão. A Comissão de Montanhismo normalmente enviará uma ou mais pessoas qualificadas à Federação membro em questão, que irá em seguida se reportar à Comissão de Montanhismo com recomendações. Todos os custos desta visita, incluindo quaisquer salários, serão normalmente cobertos pela Federação que está requerendo a aprovação, mas a Comissão de Montanhismo deve ser informada em casos em que isto possa causar dificuldades.

2.10 Quando a Comissão de Montanhismo se certificar de que a Federação membro segue o padrão modelo para qualquer nível ou qualificação em particular, ela pode dar a sua aprovação para aquele programa ou curso. A Comissão espera que dentro do tempo previsto será possível desenvolver o Esquema de modo que a Federação membro envolvida seja autorizada a usar o logo da UIAA, ao lado do seu próprio, na carteira emitida para aqueles que receberem a certificação, como explicado nos parágrafos 2.12-14 abaixo. Estas aprovações serão listadas de tempos em tempos no Boletim da UIAA.

2.11 A autorização seria válida inicialmente por um período de 5 anos e a Comissão de Montanhismo deve monitorar os programas ou curso em questão periodicamente e chegar a um acordo com a Federação membro em relação às bases para aprovação a cada 5 anos. A princípio os custos neste trabalho serão cobertos pela Federação em questão.

2.12 Carteira de Identificação da UIAA A Comissão de Montanhismo da UIAA está projetando um formato padrão para uma carteira de identificação para cada um dos Padrões Modelos da UIAA propostos.

2.13 É esperado que se incluam nela os seguintes detalhes:
- o nome completo e o sexo do recipiente daquele Padrão UIAA
- os forenames
- local e data de nascimento
- endereço
- nacionalidade
- uma fotografia pessoal (tipo passaporte)
- a data em que a validação da UIAA foi concedida
- o nome e endereço da organização que emitiu a carteira da UIAA.

2.14 Caso uma Federação membro obtenha a concordância da UIAA de que os seus programas de treinamento em montanha estão de acordo com os Padrões da UIAA a eles relacionados (ver parágrafos 2.8-11 acima), esta Federação será autorizada a emitir a carteira àqueles que alcançarem as qualificações do respectivo Padrão UIAA. Estas carteiras poderão ser recolhidas, permanente ou temporariamente, pela Federação membro que as emitiu nas condições por ela definidas.

2.15 A UIAA pode vir a requerer uma taxa da Federação membro para cada carteira emitida que utilize o emblema da UIAA de acordo com as normas aprovadas pelo conselho da UIAA a seu tempo.

2.16 Seguro de Responsabilidade Civil Qualquer Federação que administre os Padrões de Treinamento da UIAA deve se assegurar que um seguro de responsabilidade civil está disponível para cada guia.

3. A BASE COMUM PARA OS PADRÕES UIAA

3.1 Como mencionado no parágrafo 2.4 acima, a Comissão de Montanhismo da UIAA deseja assegurar que cada um dos padrões modelos seja planejado e operado em uma base ou padrão comum, e este capítudo define estes elementos comuns.

3.2 O formato comum para cada um dos padrões modelos (capítulos 4-7 a seguir) compreende os seguintes elementos principais:
- Propósito e natureza do Padrão
- Definições do Padrão
- Idade mínima do candidato
- Experiência necessária para aquele Padrão
- As programações dos cursos, feitas para oferecer treinamento e avaliação, são projetadas para que o candidato preencha completamente os requisitos do Padrão quando se submeter à avaliação
- Provas e procedimentos de avaliação
- Diplomação Pode ser feita na forma estabelecida pela Federação membro ou pela forma equivalente da UIAA, caso a Federação tenha acordado isto com a UIAA para este propósito, como descrito nos parágrafos 2.14-16 acima.
- Requisitos para revalidação

Em cada caso estas recomendações cobrem apenas o Padrão mínimo, e requisitos adicionais ou mais rígidos podem ser aplicados pelas Federações membros para atender suas próprias necessidades.

3.3 Requisitos comuns para o Candidato A habilidade técnica do candidato é comprovada por:
- Esquemas de treinamento e avaliação que abordem a habilidade do guia em organizar, guiar, ensinar e dar assistência em uma variedade de problemas relacionados àquele padrão.
- As aptidões físicas e psicológicas do guia e os requisitos morais são atestados pela Federação encarregada.

3.4 A avaliação do treinamento requer o seguinte:
- Limite de Idade Cada país tem sua própria legislação relativa à idade em que guias podem ser considerados responsáveis. Em países europeus ela varia de 18 a 21 anos.
- Indicação Candidatos ao Padrão UIAA serão indicados pela sua Federação membro.
- Um atestado médico comprovando aptidão física para a atividade emitido com antecedência de até três meses em relação à data da inscrição para o treinamento.

3.5 Os candidatos devem ter experiência considerável e conhecimento no nível apropriado para o Padrão proposto como definido nos capítulos a seguir.

3.6 Um candidato deve também ter um conhecimento completo dos seguintes itens:
- ensino
- liderança de grupo
- habilidade física
- orientação
- segurança nas montanhas
- segurança e resgate

O candidato deve estar consciente dos possíveis perigos existentes na área onde vai operar e todas as atividades devem ser planejadas de modo a incluir apenas áreas para as quais o guia tenha treinamento apropriado.

3.7 Um registro do treinamento e avaliação do candidato deve ser mantido em forma de livro de registros ou qualquer outro meio aceitável pela Federação membro.

3.8 Requisitos Comuns para os Cursos de Treinamento É essencial que o treinamento permita o ganho de habilidade e conhecimento em um respectivo Padrão. Isto é controlado e medido por testes e provas.

3.9 O treinamento consistirá de um ou mais cursos práticos que vão levar em consideração tanto os recursos técnicos universais colocados neste capítulo quanto os requisitos técnicos específicos para auqele Padrão em particular, como colocado nos capítulos de 4 a 7.

3.10 Todos os cursos serão organizados de acordo com os arranjos administrativos como definido no capítulo 2.

3.11 A Federação determinará a frequência e duração dos cursos de treinamento.

3.12 O treinamento envolverá trabalhos teóricos e práticos. Em todas as aulas será dada prioridade à parte prática.

3.13 O treinamento deve assegurar, no mínimo, que o possuidor do respectivo Padrão UIAA seja competente nos seguintes itens:

A. O Ambiente de Montanha
- geografia e geologia das montanhas
- acesso às montanhas e sua preservação e proteção
- a aplicação e prática do Código de Montanha da UIAA

B. Aspectos Legais e Condições de Trabalho (Operação)
- as responsabilidades e a legislação de cada país nos quais se irá operar
- conhecimento dos direitos de operação no seu próprio país e em outros países nos quais eles pretendem operar
- seguros
- organização de resgate

C. Liderança de Grupo – a capacidade de gerenciar o grupo incluirá particularmente:
- apresentação de programas de atividades
- organização e controle do grupo
- adaptação dos programas para que se adequem a diferentes grupos

D. Ensino – como ‘educador’, o possuidor do Padrão UIAA deve ter um entendimento de métodos de ensino que farão com que o conhecimento seja transmitido de maneira efetiva aos outros, particularmente no ambiente de montanha.

E. Anatomia e Fisiologia – suas relações com atividades em regiões montanhosas, particularmente:
- preparação física
- alimentação
- características do exercício em montanha
- cansaço e recuperação nas montanhas
- o efeito das montanhas e da altitude nos itens acima
- aptidão física para a atividade
- hipotermia

F. Orientação e Navegação – familiaridade com técnicas de navegação e equipamentos de modo que se possa navegar em todas as situações e condições. As habilidades e conhecimento do possuidor do Padrão UIAA devem incluir:
- mapas – uso de tipos e escalas diferentes, suas legendas e simbologia utilizada
- relação do mapa com o terreno
- habilidade de se medir ou estimar distâncias mapa-terreno
- uso da bússola, orientação do mapa, variações magnéticas
- navegação em tempo claro
- navegação, usando a bússola, em condições difíceis
- orientação e posicionamento com e sem instrumentos
- traçado e execução de uma rota

G. Tempo – os candidados devem ter conhecimento sobre o tempo na montanha. Devem ser capazes de interpretar mapas de tempo e previsões e de usar instrumentos básicos e sinais naturais que sejam úteis na previsão do tempo.

H. Segurança em Terreno de Montanha – os candidatos devem possuir o conhecimento e as técnicas necessários para garantir a segurança de grupos nas montanhas, levando em consideração os riscos e perigos existentes em montanha.

I. Resgate em Montanha – os candidatos podem estar atuando sem auxílio em locais remotos e selvagens, e devem:
- ter conhecimento do equipamento de resgate em montanha apropriado para a atividade proposta
- ter a habilidade de prestar primeiros socorros
- ser capazes de organizar um resgate apropriado para o nível da atividade proposta: delegando tarefas aos envolvidos e mobilizando instituições de fora, helicópteros, etc.
- ser capaz de usar efetivamente rádios e outros sistemas de comunicação e sinais (como os sinais Alpine distress) quando necessário.

J. Bivaque e Sobrevivência – os candidatos devem ser capazes de organizar e assegurar o bem-estar de um grupo sem suporte ou back-up. Em particular:
- Bivaque – os candidatos devem ser capazes de organizar um bivaque improvisado para o grupo
- Sobrevivência – os candidatos devem ser capazes de tomar conta do grupo em condições difíceis

K. Terreno nevado (onde aplicável)

L. Primeiros Socorros

M. Organização da Federação e da UIAA

3.14 Cada item listado em 3.13 deve ser avaliado separadamente ou como parte de uma avaliação contínua.

3.15 É essencial que os candidatos demonstrem habilidade para passar de maneira adequada os itens listados acima.

3.16 Todas as provas e testes devem acontecer dentro de um período de 3 anos.

3.17 O candidato que obtiver sucesso irá atuar com responsabilidade perante a Federação.

4. PADRÕES PARA GUIAS DE CAMINHADA EM MONTANHA

4.1 Propósito e Natureza do Padrão Este padrão se destina àqueles que guiam grupos em expedições de caminhadas nas montanhas. Ele é projetado para dar ao possuidor do padrão o treinamento e outras qualificações exigidos em terreno caminhável em montanha e para os obstáculos normalmente encontrados neste terreno: pequenos degraus de rocha, ‘ilhas’ de neve e gelo. Não é projetado para uso em situações que exijam técnicas como escalada em rocha, cordas, piquetas de gelo e grampons para progredir (obs: tais técnicas são chamadas no original em inglês de mountaineering techniques)

4.2 Definições do Padrão O Padrão para guias de caminhada é baseado nas premissas do capítulo 3, e o presente capítulo define as variações ou adições a estas premissas para o propósito deste Padrão em particular.

4.3 Idade do Candidato Deve ser definida pela respectiva federação, levando em conta as circunstâncias no seu próprio país, mas não deve ser menos do que 18 anos à época da avaliação.

4.4 Experiência Exigida O candidato para o Padrão de guia de caminhadas deve:
- ser um caminhador ativo e competente nas montanhas
- ter experiência apropriada em uma variedade de regiões montanhosas

4.5 Programação do Curso Os cursos de treinamento e avaliação devem ser projetados para assegurar que os candidatos cumpram as exigências a seguir na época da avaliação.

4.6 Os candidatos devem demonstrar técnicas pessoais efetivas e capacidade de liderança em:
- subida e descida de terrenos íngremes, escorregadios e com vegetação
- travessias
- escolha do traçado a seguir em terreno difícil
- cristas ou arestas
- planejamento da rota, escolha e preparação de itinerários
- organização e condução de grupos sob mal tempo
- técnicas pessoais associadas a deslocamento sobre neve
- técnicas de emergência e manuseio de corda
- bivaques
- condução de grupos em terreno nevado

4.7 O candidato deve ter conhecimento e técnicas necessários para atuar em terreno íngreme e com obstáculos, e de ser capaz de usar uma corda como um meio de sassegurar um grupo ou indivíduo em situações excepcionais, entre elas:
- deslocamento em pequenas e fáceis passagens de rocha e terreno misto
- acompanhamento de um grupo com e sem corda
- nós básicos
- técnicas elementares de asseguramento, incluindo a escolha de ancoragens seguras
- habilidades básicas de deslocamento em grupo

4.8 O candidato deve:
- entender e ser capaz de identificar hipotermia em montanha e problemas de saúde relacionados ao frio e ao calor
- ter consciência dos parigos ambientais mais comuns em montanha, entre eles: pedras soltas, queda de pedras, cabeças d’água, raios, avalanches e outros perigos da neve
- ser capaz de avaliar os perigos representados por travessias de rios e, quando aplicável, atravessar rios avolumados em segurança
- ser capaz de reconhecer e seguir diferentes tipos de marcação de caminho em trilhas

4.9 O candidato deve ser capaz de organizar expedições para grupos que durem um ou mais dias, incluindo:
- escolha de equipamento
- menus
- material de acampamento
- uso de abrigos de montanha, incluindo marcação de caminhos
- quaisquer seguros e exigências legais necessários

4.10 O candidato deve ter um bom interesse e conhecimento da fauna, da flora e das montanhas

4.11 Procedimentos de Avaliação Os exames do curso, nos quais os candidatos terão que provar dominar todos os tópicos do treinamento, ocorrerão durante a sessão final. Estes exames serão baseados em:
- liderança de grupo em todos os tipos de terreno
- treinamento geral em montanhismo
- habilidade do instrutor or pessoa responsável
- habilidades técnicas em terreno apropriado

4.12 Diplomação Uma vez que se tenha passado nos exames com sucesso, o candidato ganhará a qualificação de guia de caminhadas em montanha. A mesma pode ser dada na forma escolhida unicamente pela Federação membro ou ainda na forma da UIAA, caso a Federação assim tenha combinado com a UIAA para este fim, como explicado nos parágrafos 2.8-11 acima. A validade será de três a cinco anos, de acordo com o protocolo seguido pela Federação membro.

4.13 Revalidação A cada três a cinco anos o diplomado deve fazer um curso de aperfeiçoamento, em campo, organizado pela Federação membro. Caso este não seja completado, o certificado não é mais considerado válido.

5. O PADRÃO PARA INSTRUTORES DE ESCALADA EM ROCHA

5.1 Propósito e Natureza do Padrão Este Padrão se destina àqueles que guiam ou ensinam outras pessoas a escalar em rocha tento em situações de uma quanto de múltiplas enfiadas de corda, utilizando ou não equipamento fixo. A não ser que seja combinado com a qualificação de Guia de Caminhadas em Montanha da UIAA (capítulo 4), é válido apenas para paredes que não apresentem problemas de montanhismo ou navegação, tanto na aproximação à base da escalada quanto na descida após o término da mesma.

5.2 Definição do Padrão O Padrão para instrutor de escalada em rocha é baseado nas premissas do capítulo 3, e o presente capítulo define as variações ou acréscimos a estas premissas para o propósito deste Padrão em particular.

5.3 Idade de Candidato deve ser definida pela respectiva Federação, levando em consideração as circunstâncias do seu próprio país, mas não deve ser menos do que 18 anos quando da época da avaliação.

5.4 Experiência Exigida O candidato à qualificação de instrutor de escalada em rocha deve:
- ser capaz de guiar vias de no mínimo UIAA Grade 5
- ser dedicado e experiente, com uma experiência tão ampla quanto possível em escalada em rocha.

5.5 Programação do Curso O treinamento e a avaliação devem ser projetados para assegurar que o candidato atenda às seguintes exigências na época da avaliação.

5.6 Os candidatos devem demonstrar possuir técnica e capacidade de liderança nas seguintes áreas:
- escalada - climbing calls
- escolha e seguimento das vias - asseguramento
- rapel - procedimentos de emergência
- solução de problemas comuns - primeiros socorros

5.7 O candidato deve ter as técnicas práticas e o conhecimento necessários para atuar em diferentes tipos de rocha e ser capaz de usar e fazer recomendações em relação a:
- vestimenta
- calçados
- capacetes
- baudrier
- cordas (inclusive cordas duplas) e fitas
- mosquetões
- todos os tipos de proteções
- dispositivos de asseguramento e descensores
- cuidados com o equipamento

conforme apropriado para o local onde se está escalando.

5.8 O candidato deve ter conhecimentos sobre:
- a história e as tradições da escalada no país
- treinamento físico e métodos de recuperação
- competições
- seguros e exigências legais

5.9 O candidato dever ter habilidade para gerenciar:
- alunos de maneira apropriada e segura, o que inclui encordamento, escalada, asseguramento e descida
- bouldering
- ensinar os alunos a guiar
- procedimentos de emergência

5.10 O candidato deve:
- ter consciência dos principais perigos ambientais, incluindo rotas de descida, pedras soltas e condições meteorológicas
- entender e ser capaz de identificar lesões resultantes de excessos na carga de treinamento, hipotermia ou excesso de calor
- ser capaz de respeitar as regras de acesso e conservação em todas as áreas de escaladas

5.11 O candidato deve ser capaz de instruir seus alunos em:
- uso de guias de escaladas (guidebooks)
- escolha de vias apropriadas à sua (do aluno) habilidade
- movimentar-se de maneira confiante na rocha em graus iguais ou superiores ao grade 4
- conhecimento básico de correntes de segurança (safety chains), fatores de queda, força das fitas e problemas na conexão de fitas à corda de escalada
- precauções de segurança

5.12 Procedimentos de provas e avaliação As provas do curso, onde o candidato terá que comprovar proficiência em todas as áreas descritas acima, ocorrerão na sessão final. Estas provas serão baseadas em:
- liderança de grupo em todos os tipos de áreas de rochas
- habilidade do instrutor ou pessoa responsável
- condição técnica

5.13 O Diploma Uma vez que tenha passado com sucesso pelas provas, o candidato terá direito à qualificação de Instrutor de Escalada em Rocha. Isto pode ocorrer na forma escolhida pela Federação membro ou na forma da UIAA, caso a Federação tenha providenciado isto junto à UIAA para este fim, como explicado nos parágrafos 2.8-11 acima. Ela será válida por um período de três a cinco anos, de acordo com o protocolo na Federação membro.

5.14 Revalidação A cada três a cinco anos o diplomado deve fazer um curso de aperfeiçoamento, em campo, organizado pela Federação membro. Caso este curso de aperfeiçoamento não tenha sido completado, o certificado não será mais considerado válido.

6. O PADRÃO PARA GUIAS DE ALTA MONTANHA (HIGH-ALPINE)

6.1 Propósito e Natureza do Padrão Este Padrão se destina àqueles que guiam grupos em terreno alpino (Alpine-mountaineering terrain) (incluindo neve, rocha, gelo e terreno misto), em alta montanha ou em glaciares. Os candidatos devem ter um nível de habilidade pessoal e, acima de tudo, experiência, relevante para as exigências existentes neste exato ambiente, antes de se apresentarem para avaliação.

6.2 Definição do Padrão O Padrão de Alta Montanha (High-Alpine Mountaineering) se baseia no colocado no capítulo 3, e o presente capítulo define as variações ou adições a estas premissas para os propósitos deste Padrão em particular.

6.3 Idade do Candidato Deve ser definida pela respectiva Federação, levando em consideração as circunstâncias do seu próprio país, mas não deve ser menos do que 21 anos quando da época da avaliação.

6.4 Experiência Exigida O candidato à qualificação de guia de Alta Montanha (High-Alpine) deve:
- ser um montanhista ativo e fluente em todos os tipos de terreno de montanha (rocha, neve e gelo)
- escalar no mínimo Grau 4 da UIAA
- ter experiência em um número considerável de vias fáceis e difíceis típicas dos terrenos descritos acima
- ser competente no manuseio de corda, nós, encordamento e cordadas, asseguramento, segurança e resgate
- ter conhecimentos de orientação em montanha, clima, condições do tempo e primeiros socorros
6.5 Programação do Curso Os cursos de treinamento e avaliação devem ser projetados para assegurar que o candidato satisfaça as seguintes exigências na época da avaliação.

6.6 Em termos de habilidades pessoais, o guia de alta montanha deve ter condições de guiar pequenos grupos em regiões de alta montanha, independente do terreno, com ênfase em:
- escolha da via compatível com a habilidade do grupo em terrenos de rocha, neve, gelo ou misto, inclusive descida
- conhecimento de perigos: gretas, avalanches, queda de pedras e outros
- competência em primeiros socorros em caso de acidente
- dar alarme e organizar socorro
- resgate em gretas
- transporte de montanhistas feridos

6.7 No que tange à capacidade de ensinar, o candidato deve ser capaz de passar a outros o conhecimento suficiente para que os mesmos tenham condições de praticar o montanhismo em alta montanha de acordo com suas habilidades, particularmente:
- conhecimento básico de boas técnicas de ensino e métodos de imparting information and skills
- ensino de técnicas de montanhismo: escalada em rocha, uso de grampons, asseguramento em qualquer terreno, caminhadas em gelo e neve
- ensino de conhecimentos básicos de navegação em montanha, previsão de tempo, resgate e primeiros socorros
- organização de exercícios práticos e teóricos nestes temas
- uso e preparo de descritivos das vias

6.8 Provas e Procedimentos de Avaliação As provas, onde os candidados terão que comprovar ter domínio correto de todas as áreas do treinamento, ocorrerão durante a sessão final.

6.9 Estas provas serão baseadas em:
- liderança de grupo em todos os tipos de terreno típicos de alta montanha
- treinamento geral em montanhismo
- habilidade do instrutor or pessoa responsável
- habilidades técnicas em terreno rochoso
- habilidades técnicas em neve e gelo (aprox. 50 graus)
- habilidades técnicas em terreno misto

6.10 O Diploma Uma vez tendo passado com sucesso nas provas, o candidato ganhará a qualificação de Guia de Alta Montanha. Este pode ser tanto na forma concedida apenas pela Federação membro ou na forma equivalente da UIAA se a Federação tiver organizado isto com a UIAA com este propósito, como dito nos parágrafos 2.8-11 acima. Isto será válido por três a cinco anos, de acordo com o protocolo na Federação membro.

6.11 Revalidação A cada três a cinco anos o diplomado deve seguir um curso de aperfeiçoamento, em campo, organizado pela Federação membro. Se este curso não for realizado, o certificado não será mais considerado válido.

7. O PADRÃO PARA GUIAS DE ESQUI DE MONTANHA

7.1 Propósito e Natureza do Padrão Este padrão se destina àqueles que guiam grupos em excursões de esqui em terreno montanhoso. Ele cobre todos os aspectos destas atividades, mas é principalmente relacionado ao esqui. Em situações onde escalada e montanhismo em geral são contemplados, ou onde será feito descolamento em glaciar, ele deverá ser realizado em conjunto com o Padrão para Guias de Alta Montanha (capítulo 6).

7.2 Definição do Padrão O Padrão de Esqui de Montanha está baseado nos itens do capítulo 3, e o presente capítulo define as variações ou acréscimos àqueles itens para o propósito deste Padrão em particular.

7.3 Idade do candidato Deve ser definida pela respectiva Federação, com base nas circunstâncias do seu próprio país, mas não deve ser menor do que 21 anos na época da avaliação.

7.4 Experiência Exigida O candidato à qualificação de Guia de Esqui de Montanha deve possuir:
- boa habilidade técnica no esqui em pistas
- boa habilidade técnica no esqui fora de pistas (isto é, competente sob condições variadas de neve e em encostas íngremes)
- extensa experiência em travessias de esqui em montanhas geladas por vários anos
- condições de escalar até o Grau 2 da UIAA em montanha
- conhecimento do manuseio de corda, em especial nós de encordamento e técnicas de segurança com o uso de corda
- conhecimento do clima de montanha, condições de tempo, orientação, primeiros socorros, teoria e prática de avalanches, incluindo o uso de aparelhos eletrônicos de proteção
- certificado apropriado em primeiros socorros

7.5 Programação dos Cursos As excursões de treinamento e avaliação devem ser planejadas para assegurar que o candidato atenda às seguintes exigências na época da avaliação.

7.6 Em termos de habilidades pessoais, o candidato deve ser capaz de demonstrar habilidade de guiar grupos pequenos em montanhas nevadas em travessias de esquis, com ênfase em:
- route finding e navegação em terreno que não possua glaciares
- condições de liderar um grupo em esqui
- julgamento e avaliação de risco de avalanches, fatores que diminuem ou aumentam o risco de avalanches, fatores que influenciam as decisões e minimização de risco.
- conhecimento de outros perigos da montanha, particularmente os associados a excursões de esquis (quedas, encostas íngremes, cornijas, etc)
- condições do tempo em montanha
- estrutura e propriedades físicas da neve
- navegação com mapa, bússola e altímetro durante o esqui
- primeiros socorros na eventualidade de um acidente em montanha
- acionamento dos serviços de resgate em montanha
- evacuação de pessoas feridas
- conservação da natureza

7.7 Em relação à habilidade de ensino, os candidatos devem mostrar que podem instruir outras pessoas em técnicas, habilidades e conhecimento de esqui de montanha, especialmente com:
- conhecimento básico de técnicas de ensino e métodos de comunicação de informações e habilidade
- instrução em técnicas de esqui de montanha e resgate de improviso usando equipamento apropriado
- instrução em avalanche e teoria do tempo, navegação, resgate em montanha e primeiros socorros

7.8 Procedimentos para Provas e Avaliações O treinamento será concluído com uma prova na qual os candidatos devem demonstrar atender às exigências para um guia de Esqui de Montanha. Os testes serão feitos para os seguintes aspectos:
- esqui fora de pista
- escolha da via tanto na ascensão quanto na descida
- liderança e habilidade de manejo do grupo enquanto estiver esquiando
- teoria e prática de neve e avalanche
- resgate e primeiros socorros
- habilidade de ensino
- outros assuntos teóricos

7.9 O Diploma Uma vez tendo passado as provas com sucesso, o candidato receberá o diploma da qualificação de Guia de Esqui de Montanha. Este pode ser tanto na forma concedida apenas pela Federação membro ou na forma equivalente da UIAA se a Federação tiver organizado isto com a UIAA com este propósito, como dito nos parágrafos 2.8-11 acima. Isto será válido por três a cinco anos, de acordo com o protocolo na Federação membro

7.10 Enfatiza-se aqui que para excursões em glaciares ou alta montanha, os guias devem possuir a qualificação de Guia de Esqui de Montanha e de Guia de Alta Montanha.

7.11 Revalidação A cada três anos o guia deve seguir um curso de aperfeiçoamento, em campo, organizado pela Federação membro. Se este curso não for realizado, o certificado não será mais considerado válido.

Notas de tradução:

• Leader – traduzimos como guia. Embora no exterior haja distinção entre leader e guide, no Brasil o termo “Guia” é usado genericamente nas duas situações.
• Em algumas situações não encontrou-se um termo em português que tenha o mesmo significado do termo original em inglês. Nesses casos o original foi mantido em itálico.

Tradução / Translation: Flávio Wasniewski
FEMERJ Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State Mountain Sports Federation