sábado, 15 de junho de 2013

Incêndio no Itaimbézinho


Nesta segunda feira, dia 10 de junho, entrei pelo parque pela entrada de serviço, pelos fundos do parque (uma prerrogativa para conselheiros quando as reuniões são na segunda feira, dia em que não há visitação). Para minha surpresa, próximo a hospedaria de pesquisadores, notei uma pequena área queimada. Mais adiante, chegando nos mirantes ao fim da trilha do cotovelo, toda a área junto ao alambrado estava queimada! Por sorte, o alambrado ainda estava lá. Após a reunião do conselho fui informado pelo diretor do Parque sobre a queimada.
            Na minha opinião, o incêndio deve ter sido criminoso, pois ocorreu de noite (por isto só foi avistado cedo pela manhã) e não houve raios naquela noite. Se fosse de dia, poder-se-ia pensar em pequenos cacos de vidro ao sol, pontas de cigarro de um visitante desavisado, etc. Não foi o caso. A suspeição recairia para alguém insatisfeito com o manejo do parque. Não seria a primeira vez: Lembro-me que em 2007 houve um incêndio em 300 hectares no centro do parque (ou seja: Não veio de queimadas em fazendas vizinhas) acompanhado de miguelitos espalhados pelo parque que furaram os pneus das viaturas do à época, IBAMA!
            Este caso ilustra a importância de nós montanhistas nos envolvermos mais com este PN. Mostra também, que apesar das diversas melhorias na conservação obtidas nos últimos anos, a ausência de acampamento para visitantes pode facilitar este tipo de ação. Ou será que alguém arriscaria uma ação dessa sob o solhos e lentes de visitantes? Obviamente, não penso em uma liberação irrestrita, como ocorria nos anos noventa, mas um estudo planejado com locais e número máximo de pessoas definidos. Acho que vale a pena refletirmos à respeito.
           
Nelson Brügger –GT Acesso FGM

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