Nesta segunda feira, dia 10 de
junho, entrei pelo parque pela entrada de serviço, pelos fundos do parque (uma
prerrogativa para conselheiros quando as reuniões são na segunda feira, dia em
que não há visitação). Para minha surpresa, próximo a hospedaria de
pesquisadores, notei uma pequena área queimada. Mais adiante, chegando nos
mirantes ao fim da trilha do cotovelo, toda a área junto ao alambrado estava
queimada! Por sorte, o alambrado ainda estava lá. Após a reunião do conselho fui
informado pelo diretor do Parque sobre a queimada.
Na
minha opinião, o incêndio deve ter sido criminoso, pois ocorreu de noite (por
isto só foi avistado cedo pela manhã) e não houve raios naquela noite. Se fosse
de dia, poder-se-ia pensar em pequenos cacos de vidro ao sol, pontas de cigarro
de um visitante desavisado, etc. Não foi o caso. A suspeição recairia para alguém
insatisfeito com o manejo do parque. Não seria a primeira vez: Lembro-me que em
2007 houve um incêndio em 300 hectares no centro do parque (ou seja: Não veio
de queimadas em fazendas vizinhas) acompanhado de miguelitos espalhados pelo
parque que furaram os pneus das viaturas do à época, IBAMA!
Este
caso ilustra a importância de nós montanhistas nos envolvermos mais com este PN.
Mostra também, que apesar das diversas melhorias na conservação obtidas nos
últimos anos, a ausência de acampamento para visitantes pode facilitar este
tipo de ação. Ou será que alguém arriscaria uma ação dessa sob o solhos e
lentes de visitantes? Obviamente, não penso em uma liberação irrestrita, como
ocorria nos anos noventa, mas um estudo planejado com locais e número máximo de
pessoas definidos. Acho que vale a pena refletirmos à respeito.
Nelson Brügger –GT Acesso FGM
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